sábado, janeiro 27, 2007

Ai o cara-de-alho...

... a dirigir-se-me em defesa da sua dama!
De entre os lençois da sua alcova literária escolheu aquele que estava mais impregnado das habituais quixotescas proposições.

Senhor da palavra, malabarista do argumento e astuto na conjugação de ambos, pretende que as suas lavradas e extensas considerações sejam a expressão elitista das suas preferências alimentares gustatórias ao ponto de denegrir quem não lhe vai na peugada.

Embora entenda ser "uma postura a respeitar o dedicado e sistemático empanzinar, de borras e escórias feito, a quem, obstinadamente se devota, sem descurar uma que seja, a inspecção a todas as pocilgas das berças" não deixa de afirmar "de tal prática que, sendo anti-higiénica é também denunciadora de uma muito baixa índole".

E acrescenta: "compete-nos apenas respeitar tal propósito mantendo-nos, no entanto, a uma distancia segura e conveniente".

Não podia estar mais de acordo. Afinal dizemos a mesma coisa, só que de forma diferente. Eu fui mais suave e o visado é o mesmo!

Cá por mim, estou a uma distância segura e muito conveniente.

É fidedigna a afirmação de que nos campos há boa erva. Há mesmo, pode confiar. Distingue-se da palha pela sua verdura e viço. Os toiros comem e engordam. Depois é uma chatice para os pegar de caras, por isso fica o recurso à cernelha. Veja lá e não confunda a erva com a palha. Esta é seca e feia. Só os burros é que a comem quando sabemos dar-lha.
Percebe agora a vantagem de ter vivido no campo?

A vida é como é.

Pois é...