Eu gostava muito
Que esse tal de Zeferino fizesse um cozinhado escorreito, de bom apuro e sabor perfeito.
Mas, lendo-o não vejo que os ingredientes se conjuguem e que do cozinhado saia um prato perfeito. Portanto, a receita que inventou, peca por insuficiência de argumentos e dá do seu autor a noção confusa de que é aprendiz. A pretensa erudição culinária fica-se pelo refogado, que no meu rincão se chama estrugido, e não vai além disso, o que me faz lembar aquela anedota do sapateiro que tentou ir além da chinela. Mas tem o mérito de lembar que o mestre Carlos Veiga era mais pródigo na verve e mais escorreito nos ingredientes.
Imitá-lo não deveria ser curial. A catalinária de ingredientes que conjuga no seu cozinhado não indicia a feitura de um piteu que estimule o paladar do menos avisado comedor.
Tente, tente e tente uma vez mais e talvez logre perceber que na cozinha é uma nulidade.
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